domingo, 13 de março de 2011

AINA_01_ensaio curta metragem_h264.mp4



Colaborei na criação de roteiro do ensaio Aina, que foi dirigido por Sergio Silva, com a atriz Vivian Rau, trilha sonora de Tiago Ferigoli e apoio técnico de Fernanda Landin e Elaine Lobo.

domingo, 7 de março de 2010




A arte é o personagem principal de simbiose. O artista Sergio Silva utiliza a técnica da monotipia-pintura que, por sua própria elaboração, busca a harmonia entre os elementos e remete ao título da exposição. Linhas escuras em conformação circular na maioria das imagens criam formas dentro de um clima de alto contraste visual.

A mostra traz momentos integrais de uma concepção que vem sendo construída. Ela exibe detalhes de um cotidiano que ainda não existe. Um futuro onde as estruturas, padrões formais, filosóficos e antropológicos da Terra estão modificados. São signos de uma realidade irreal e possível, de um imprevisível futuro do nosso presente inconsequente.

Os cenários e pessoas expressam inquietação. Veem-se ruínas tomadas por uma vegetação incomum, penetradas pela luz do dia e pela sombra das raízes de árvores singulares. Os rostos das pessoas sugerem emoções diversas que passam pelo medo, curiosidade, perplexidade de uma raça em adaptação. Cores em matizes fortes expressam uma Natureza vigorosa.

Outro importante elemento dessa série é o Palhaço. Personagem recorrente em toda a mostra, ele parece representar o artista em sua inquietação. Por vezes colorido, por vezes sombrio, mas sempre intenso, ele traduz os diversos sentimentos experimentados durante a reflexão criativa.

Simbiose é um momento no desenvolvimento da temática de Sergio Silva. É um meio e um resultado do processo criativo. É a proposta de uma nova poética espacial, trazendo um convite a conhecer os desdobramentos da criação.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

“Dois Perdidos Numa Noite Suja”


Confesso que já havia ouvido várias vezes sobre a peça de Plínio Marcos escrita em 1966, mas não sabia bem do que se tratava. Pensava que seria bem forte e controversa como a própria personalidade do autor. Mas tive uma arrebatadora surpresa ao ver o filme baseado nessa peça, com a competente direção de José Jofilly e roteiro de Paulo Halm.
O que percebi foi o sempre atual o tema da solidão humana. Mergulhados no individualismo e na desesperança, os personagens são totalmente incapazes de emergir, respirar ou escapar. Não importa o que vejam na superfície ou quem lhes ofereça a mão, as águas que os cercam são cada vez mais densas e turvas. Eles não podem ver mais nada a não ser sua própria dor.
O desempenho de Débora Falabella como Paco é um dos mais impressionantes trabalhos que já vi. A menina delicada que nos acostumamos a ver na TV dá lugar a uma criatura selvagem e agressiva, que se debate o tempo todo, ferindo todos a sua volta.
Roberto Bontempo está também muito bem no papel do tão conhecido imigrante brasileiro que vai para a “América” na ilusão de conquistar as oportunidades que nunca teve no Brasil. Todos já sabemos o que acontece....
A música de Arnaldo Antunes é um personagem muito importante na construção do clima do filme.Vale a pena ver estas belíssimas atuações que nos deixam, ao final, com uma tristeza, não trágica, apenas pessimista.

sábado, 7 de junho de 2008

Adoro a música de Zeca Baleiro. Tem uma poesia deliciosa e a mistura ritmos é surpreendente. Além disso, as citações de outros compositores são geniais.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Tenho refletido muito sobre o tempo, nossa cronologia pessoal. Como ele muda nosso modo de ver as coisas, como ele nos molda. Sabemos lidar com o tempo? O que ele é para nós? Aprendizado ou envelhecimento?

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Na Alegoria da Prudência de Ticiano, identifico minha experiência. Vejo minhas mudanças durante a vida, o que deixou de ser importante e aquilo que tornou-se essencial. Parece que compartilho com outros meu inevitável amadurecimento. O medo do tempo é suavizado.

Quem sou eu

Uma tradutora que adora escrever e cozinhar.