Confesso que já havia ouvido várias vezes sobre a peça de Plínio Marcos escrita em 1966, mas não sabia bem do que se tratava. Pensava que seria bem forte e controversa como a própria personalidade do autor. Mas tive uma arrebatadora surpresa ao ver o filme baseado nessa peça, com a competente direção de José Jofilly e roteiro de Paulo Halm.
O que percebi foi o sempre atual o tema da solidão humana. Mergulhados no individualismo e na desesperança, os personagens são totalmente incapazes de emergir, respirar ou escapar. Não importa o que vejam na superfície ou quem lhes ofereça a mão, as águas que os cercam são cada vez mais densas e turvas. Eles não podem ver mais nada a não ser sua própria dor.
O desempenho de Débora Falabella como Paco é um dos mais impressionantes trabalhos que já vi. A menina delicada que nos acostumamos a ver na TV dá lugar a uma criatura selvagem e agressiva, que se debate o tempo todo, ferindo todos a sua volta.
Roberto Bontempo está também muito bem no papel do tão conhecido imigrante brasileiro que vai para a “América” na ilusão de conquistar as oportunidades que nunca teve no Brasil. Todos já sabemos o que acontece....
A música de Arnaldo Antunes é um personagem muito importante na construção do clima do filme.Vale a pena ver estas belíssimas atuações que nos deixam, ao final, com uma tristeza, não trágica, apenas pessimista.
O que percebi foi o sempre atual o tema da solidão humana. Mergulhados no individualismo e na desesperança, os personagens são totalmente incapazes de emergir, respirar ou escapar. Não importa o que vejam na superfície ou quem lhes ofereça a mão, as águas que os cercam são cada vez mais densas e turvas. Eles não podem ver mais nada a não ser sua própria dor.
O desempenho de Débora Falabella como Paco é um dos mais impressionantes trabalhos que já vi. A menina delicada que nos acostumamos a ver na TV dá lugar a uma criatura selvagem e agressiva, que se debate o tempo todo, ferindo todos a sua volta.
Roberto Bontempo está também muito bem no papel do tão conhecido imigrante brasileiro que vai para a “América” na ilusão de conquistar as oportunidades que nunca teve no Brasil. Todos já sabemos o que acontece....
A música de Arnaldo Antunes é um personagem muito importante na construção do clima do filme.Vale a pena ver estas belíssimas atuações que nos deixam, ao final, com uma tristeza, não trágica, apenas pessimista.
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